O Vasco entrou em campo nesta segunda-feira (10) com a missão de garantir pontos essenciais contra o Sampaio Corrêa, mas o empate sem gols em Saquarema deixou o clima pesado entre torcedores, jogadores e comissão técnica. O resultado mantém o Cruz-Maltino na terceira posição do Campeonato Carioca, com 14 pontos, mas adiou a decisão sobre sua classificação para os clássicos contra Flamengo e Botafogo, que serão verdadeiras "finais" nas próximas rodadas.

Domínio sem Eficiência: O Jogo que Não Saiu do Papel

Com 63% de posse de bola e 58% de domínio geral, o Vasco controlou o ritmo do jogo, mas esbarrou na retranca bem organizada do Sampaio Corrêa. As jogadas se concentraram nas alas, com Paulo Henrique e Lucas Piton buscando cruzamentos para Vegetti, principal alvo ofensivo. No entanto, as finalizações de longa distância (como as de Zuccarello e Jair) e a falta de criatividade no meio-campo frustraram as expectativas. O goleiro Léo Jardim, ironicamente, teve trabalho semelhante ao adversário Zé Carlos, destacando a ineficiência vascaína.

Vaias, Nervos à Flor da Pele e o Desabafo de Carille

A torcida, que lotou o Estádio Lourival Gomes, não poupou críticas. As vaias ecoaram principalmente no segundo tempo, e a tensão escalou ao final da partida, quando João Victor discutiu com torcedores próximos ao vestiário. Fábio Carille, visivelmente irritado, criticou a lentidão na saída de bola e a falta de agressividade para “quebrar” a retranca rival. Hugo Moura, titular no meio-campo, foi alvo específico das cobranças do técnico, que o substituiu no intervalo após desempenho abaixo do esperado.

Ausências e Decepções: O Que Falta ao Vasco?

A equipe sentiu a falta de Coutinho e Paulinho, peças-chave no esquema de Carille, e não soube compensar suas ausências. Payet, camisa 10 e principal esperança de criatividade, teve atuação discreta, desaparecendo em momentos cruciais. Jean David, que entrou no lugar de Zuccarello, gerou a melhor chance do jogo com um chute de canhota salvado por Zé Carlos, mas não foi suficiente para mudar o destino do placar.

A Reta Final: Clássicos que Valem uma Temporada

O Vasco precisa de, no mínimo, sete pontos nos próximos 12 em disputa para atingir os 21 pontos — marca histórica de classificação no Carioca. Os desafios são duros: Flamengo (15/02, no Maracanã, às 21h45, horário alterado por solicitação da Fferj 8) e Botafogo. Contra o Rubro-Negro, o Gigante não vence desde 2023, e a pressão por resultados imediatos só aumenta. Se depender de Edmundo, ídolo do clube, há esperança: “O Vasco tem time para ser campeão. A coletividade pode ser decisiva”.

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Calma na Torcida, Urgência no Gramado

O empate contra o Sampaio Corrêa reforça a necessidade de o Vasco encontrar rapidamente soluções táticas e emocionais. Com um elenco que mistura experiência e juventude, o time precisa resgatar a confiança da torcida — e isso só virá com vitórias nos clássicos. A sequência decisiva promete calor, drama e, quem sabe, a virada que o Cruz-Maltino tanto precisa para seguir vivo no Carioca 2025.