Encantando o país e marcando gerações seguintes, o "Esquadrão Celeste" segue sendo um dos maiores elencos da história do futebol brasileiro.

Quando se falam em legado no futebol, é impossível não lembrar do Cruzeiro multicampeão de 2003, que além de conquistar títulos foi dono de um feito inédito nunca visto antes na história do esporte brasileiro: a “Tríplice Coroa”.

Comando por Vanderlei Luxemburgo, redefinindo seu poder ofensivo, a temporada da Raposa foi finalizada de forma perfeita, com pontuações recordes e até um artilheiro.

O Futebol Brasil vai te contar um pouco mais sobre essa equipe que segue inspirando gerações e seguem aquecendo o coração de seus torcedores.

História

O elenco do Cruzeiro de 2003 tornou-se símbolo de triunfo e um dos maiores que o futebol brasileiro já teve, conquistando a inédita “Tríplice Coroa”, vencendo a Copa do Brasil, Campeonato Mineiro e Campeonato Brasileiro, algo nunca visto antes no país.

Sob o forte olhar do experiente técnico Vanderlei Luxemburgo e o domínio do meio-campista Alex em campo, o grupo jogava de forma ofensiva, totalmente para frente, envolvendo seu adversário rapidamente em uma armadilha fatal, o que muitos ainda tentam reproduzir no futebol atual.

Iniciando a jornada vitoriosa no Campeonato Mineiro, a Raposa logo começou que iria “aprontar” naquele ano. Com atuações firmes, finalizou o torneio de maneira invicta com 32 pontos ganhos, com 10 vitórias e 2 empates, começando assim, sua jornada na caça aos títulos de 2003, mesmo isso sendo o plano de qualquer equipe futebol.

Com um estilo moderno, o time em campo pressionava seu adversário logo no campo de ataque, mas sempre mantendo a qualidade quando tentava ficar com a bola mais tempo no pé. Iniciando a jornada de laterais como pontas ofensivos, o Cruzeiro ainda liberou seu volantes para ajudarem na construção de jogadas, o que fazia com que seu ataque torna-se letal à qualquer momento.

Deixando o time praticamente imbatível, a outra conquista do ano foi ainda mais especial: a Copa do Brasil. De maneira invicta com 8 vitórias e três empates, o Cruzeiro sagrou-se campeão em uma final inesquecível diante do Flamengo, vencendo por 3 a 1, o quarto da sua história. No jogo de ida, um empate em 1 a 1.

O gols da decisão saíram dos pés de Deivid, Aristizábal e Luisão, com o Flamengo descontando com Fernando Baiano, porém foi a estrela de Alex quem realmente fez o time mineiro brilhar, fazendo com que mais de 80 mil torcedores presentes no Mineirão enchessem seus corações de alegria.

Antes de chegar na final, o Cruzeiro teve um caminho difícil para percorrer, eliminado Rio Branco-ES, Coríntians-RN, Vila Nova-GO, Vasco e Goiás, até encarar o Flamengo na grande decisão. A campanha foi finalizada com 29 gols marcados em 11 jogos, sofrendo apenas 12.

Já no Campeonato Brasileiro, o primeiro no novo formato por pontos corridos, a Raposa permaneceu dominante e encantou o país com sua campanha inesquecível. Foram 100 pontos em 46 jogos disputados, totalizando 102 gols até o último jogo.

Cada jogador tinha uma função clara dentro do esquema de Luxemburgo, que montou de forma equilibrada um time decisivo, que não apenas os titulares podiam resolver, mas também que conseguisse contar com o desempenhos dos reservas imediatos, alguns deles chegando a serem essenciais nas conquistas.

  • O time base era formado por: Gomes; Maicon, Cris, Edu Dracena e Leandro; Maldonado, Augusto Recife, Wendell e Alex; Mota e Aristizábal.

Campanha do BR em números

  • Recorde de pontos no Brasileirão: 100 pontos conquistados no Campeonato Brasileiro, com 31 vitórias, 7 empates e 8 derrotas em 46 rodadas, marcando 102 gols e sofrendo 47, números nunca visto antes no país;

  • Meia artilheiro: Alex foi o principal artilheiro do campeonato com 23 gols;

  • Ataque avassalador: O time mais ofensivo do Brasileirão naquele ano, balançando as redes em 102 oportunidades;

  • Final perfeito: Na última rodada, o Cruzeiro aplicou uma goleada histórica sobre o Bahia, vencendo por 7 a 0, com 5 gols de Alex.

A consagração completa de um time que uniu talento, comando técnico e um planejamento de longo alcance, o time do Cruzeiro de 2003 jamais será esquecido e até nunca mais “copiado”. A geração que encantou o país agora seguem como jogadores aposentados, porém na memória dos torcedores celestes, essas lembranças permanecem em seus corações.

O Esquadrão Celeste, segue sendo relembrado como símbolo de eficiência e amor a camisa, com um futebol bonito e repleto de feitos, seu legado seguirá marcando gerações e tornando-se exemplo para quem não os viu jogar.

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