O São Paulo entrou em campo diante da Inter de Limeira, uma equipe que ocupa a parte inferior da tabela do Campeonato Paulista, com a expectativa de conquistar três pontos importantes para se consolidar na competição. No entanto, mesmo jogando com um jogador a mais desde o primeiro tempo, a equipe comandada por Zubeldía não conseguiu sair do 0x0, reforçando as preocupações sobre sua falta de criatividade e de eficiência ofensiva.

Essa situação não é inédita. O São Paulo já havia enfrentado dificuldades semelhantes contra o Red Bull Bragantino, o que acende o alerta da torcida e gera questionamentos sobre a capacidade do time em definir jogos, além da competência do treinador para encontrar soluções táticas eficazes.

Superioridade Numérica Não Foi Suficiente

A Inter de Limeira, uma das equipes de pior desempenho no Paulistão, entrou em campo ciente da sua fragilidade técnica e adotou uma postura defensiva para segurar o Tricolor. Mesmo em desvantagem numérica, a equipe resistiu bem à pressão são-paulina e soube explorar as falhas do adversário.

O São Paulo registrou 24 finalizações ao longo da partida, mas poucas delas de fato levaram perigo ao gol adversário. Lucas Ferreira e Ryan Francisco foram os únicos a finalizar com efetividade, enquanto o restante do time insistia em cruzamentos previsíveis, tornando fácil o trabalho da defesa da Inter de Limeira.

Esse empate evidencia a incapacidade da equipe em transformar posse de bola e domínio territorial em chances concretas. A falta de variação tática e a insistência em jogadas previsíveis demonstram que há um problema estrutural no setor ofensivo, algo que já vem se arrastando ao longo da temporada.

Zubeldía e as Substituições Tardias: Falta de Alternativas?

Um dos pontos mais criticados pela torcida e analistas esportivos é a lentidão de Zubeldía para realizar substituições e buscar mudanças no panorama do jogo.

No confronto contra o RB Bragantino, o treinador já havia demorado a mexer na equipe, e o mesmo aconteceu contra a Inter de Limeira. Mesmo com um jogador a mais, o técnico esperou 22 minutos do segundo tempo para fazer substituições, quando já estava evidente que o time precisava de um novo impulso ofensivo.

A expectativa dos torcedores era de uma postura mais agressiva desde o início do segundo tempo, talvez com a entrada de um meia criativo ou um centroavante de área para aproveitar os cruzamentos. No entanto, a falta de ousadia manteve o São Paulo previsível e sem soluções ofensivas.

Se essa postura continuar, o Tricolor pode ter dificuldades ainda maiores contra adversários mais qualificados nas próximas fases do Paulistão.

Desorganização Tática e Dependência de Jogadas Individuais

Outro aspecto preocupante do São Paulo de Zubeldía é a falta de um esquema tático bem definido. Apesar da entrega de alguns jogadores, como Lucas Moura, que tentou criar jogadas individuais e quebrar as linhas de defesa, o time depende excessivamente dessas ações isoladas. Ryan Francisco também teve lampejos, mas o coletivo não ajudou.

A insistência em cruzamentos sem critério e a falta de triangulações eficazes demonstram que o time precisa de um plano de jogo mais estruturado. Além disso, a defesa ainda apresenta falhas preocupantes. Um exemplo claro foi um lance em que Sabino foi superado na corrida por um atacante adversário, exigindo uma defesa difícil do goleiro Rafael para evitar o pior.

Essa falta de organização pode ser um problema sério à medida que a temporada avança e os jogos se tornam mais decisivos.

Comparação com Temporadas Passadas: O Que Mudou?

Os números do São Paulo nos oito primeiros jogos das últimas três temporadas são idênticos:

• 2023 com Rogério Ceni: 4 vitórias, 2 empates, 2 derrotas;

• 2024 com Carpini: 4 vitórias, 2 empates, 2 derrotas;

• 2025 com Zubeldía: 4 vitórias, 2 empates, 2 derrotas.

No papel, os resultados são semelhantes, mas o desempenho dentro de campo conta uma história diferente. O São Paulo atual parece sem identidade, dependendo mais de lampejos individuais do que de um esquema coletivo sólido.

Enquanto outras equipes evoluem e apresentam um futebol mais competitivo, o Tricolor dá sinais de estagnação, preocupando sua torcida e colocando em dúvida a continuidade de Zubeldía no comando técnico.

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O São Paulo está no Grupo D do Campeonato Paulista, junto com Novo Horizontino, Noroeste e Água Santa. O Novo Horizontino se destaca como o adversário mais forte e pode ser um grande desafio na fase eliminatória. Vale lembrar que na última edição, a equipe eliminou o próprio São Paulo em pleno Morumbi, o que reforça a necessidade de uma evolução significativa para que o Tricolor se mantenha na luta pelo título.

Se o time continuar apresentando os mesmos problemas de previsibilidade ofensiva, falta de criatividade e demora nas substituições, dificilmente conseguirá se impor contra adversários mais organizados.

Além disso, olhando para competições futuras como o Campeonato Brasileiro e possíveis vagas na Libertadores, o São Paulo precisará melhorar drasticamente seu desempenho para se manter competitivo ao longo da temporada.

Pressão Sobre Zubeldía Aumenta: Qual Será o Futuro?

A torcida são-paulina já começa a perder a paciência com a falta de evolução da equipe. Se os problemas persistirem, a pressão sobre Zubeldía crescerá ainda mais, podendo até resultar em uma mudança de comando técnico antes do fim do Paulistão.

O São Paulo ainda tem tempo para corrigir suas falhas, mas precisa de mudanças urgentes para mostrar que pode ser um candidato real ao título. Caso contrário, a temporada de 2025 pode ser mais uma frustração para os torcedores tricolores.

A próxima fase será um verdadeiro teste de fogo para o treinador e seus jogadores. Se o time não apresentar um futebol mais convincente, a crise pode se agravar ainda mais.