O ano de 2024 entrou para a história do Paysandu Sport Club como um marco de glórias, superação e orgulho para o povo paraense. Sob o lema "A Revolução do Orgulho Paraense", o Papão da Curuzu celebrou conquistas memoráveis, como o 50º título estadual, o tetracampeonato da Copa Verde e a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro. Este artigo detalha essa temporada épica, que reacendeu a paixão da torcida e consolidou o clube como um símbolo de resiliência e tradição no futebol da Amazônia.

O 50º Título Paraense: Uma Campanha Impecável

O Campeonato Paraense de 2024 foi o palco da primeira grande conquista do Paysandu. Com uma campanha invicta, o clube levantou seu 50º título estadual, um marco histórico que reforça sua hegemonia no futebol local. Em 14 jogos, foram 10 vitórias e 4 empates, com 26 gols marcados e apenas 5 sofridos. A final contra o rival Remo, no clássico Re-Pa, terminou com uma vitória agregada de 3 a 1, consolidando a supremacia do Paysandu no estado. O atacante Nicolas foi um dos grandes nomes da campanha, sagrando-se artilheiro do torneio com 11 gols. A conquista, celebrada em 14 de abril de 2024, foi um presente para a torcida bicolor e um símbolo de domínio no Pará.

Tetracampeonato na Copa Verde: Domínio Absoluto

A Copa Verde de 2024 elevou o Paysandu a outro patamar. O clube conquistou seu quarto título na competição regional, tornando-se o maior vencedor da história do torneio. A final contra o Vila Nova foi um verdadeiro show de força, com um placar agregado de 10 a 0 – 6 a 0 em casa, no estádio da Curuzu, e 4 a 0 fora, em Goiânia.

Destaques como Nicolas, João Vieira, Vinícius Leite e Edinho brilharam, enquanto a torcida, mesmo com apenas 374 presentes no jogo de volta devido aos altos preços dos ingressos, celebrou o domínio absoluto. A vitória, selada em 29 de maio de 2024, rendeu R$ 440 mil em premiação e reforçou o orgulho paraense no cenário regional.

Série B: Resiliência e Superação

Na Série B do Brasileirão, o Paysandu enfrentou uma montanha-russa de emoções. O início foi preocupante, com sete jogos sem vitórias, mas a chegada de reforços como Iago Haas, Yeferson Quintana e o goleiro Diogo Silva mudou o rumo da campanha. A primeira vitória veio na 8ª rodada, um 2 a 0 contra o América-MG em casa, seguida por um triunfo fora contra o Ituano por 5 a 3. Apesar de uma sequência invicta de sete jogos entre as rodadas 10 e 16, o time enfrentou uma crise com nove partidas sem vencer entre a 17ª e a 25ª rodada, culminando na saída do técnico Hélio dos Anjos após derrota para o Amazonas.

A virada veio com a contratação de Márcio Fernandes em setembro, apesar do ceticismo inicial – 77% dos torcedores reprovaram a escolha em enquete do ge.globo. Fernandes assumiu o time na 15ª posição, com 27 pontos, e conduziu uma recuperação notável. O gol salvador de Esli Garcia na vitória por 1 a 0 contra o Brusque e o triunfo final por 2 a 1 contra o Vila Nova, em 24 de novembro, diante de 40 mil torcedores no Mangueirão, garantiram a permanência na Série B. O saldo final: 10 vitórias, 16 empates e 12 derrotas em 38 jogos.

Controvérsias e Mudanças

A temporada não foi isenta de turbulências. A saída do executivo Ari Barros antes de uma derrota por 3 a 0 para o Santos, em agosto, gerou atritos com Hélio dos Anjos, que apontou “desavenças” como motivo. A crise administrativa e os resultados ruins levaram à troca de comando técnico, mas a chegada de Fernandes provou ser um acerto tardio. Esses episódios, embora desafiadores, não ofuscaram as conquistas em campo.

Impacto Cultural e Legado

Mais do que títulos, 2024 foi sobre conexão com a torcida e o fortalecimento da identidade paraense. Os quatro Re-Pa disputados na Copa Verde, a festa no Mangueirão e o marco do 50º Parazão transformaram o Paysandu em um estandarte de resistência e paixão. Apesar da premiação da Copa Verde ser inferior à de outros regionais (R$ 440 mil contra R$ 2 milhões da Copa do Nordeste, por exemplo), o valor simbólico foi inestimável.

“Paysandu 2024: A Revolução do Orgulho Paraense” não é apenas um slogan – é a síntese de uma temporada que uniu história, superação e glória. Com 61 jogos disputados, 26 vitórias, dois títulos e a permanência na Série B, o Papão mostrou que seu lugar é entre os grandes. Para os torcedores, foi um ano de gritar “50 vezes Papão” e celebrar uma revolução que ecoará por gerações no coração do Pará.