Técnicos lendários:
Dorival Júnior: O mentor que moldou o futebol brasileiro com inovação e determinação

Dorival Júnior é uma figura central no futebol brasileiro, um técnico cuja trajetória abrange décadas de dedicação, títulos e inovações táticas que moldaram o esporte no país. Desde seus dias como jogador até assumir o comando da seleção brasileira em 2024, ele se destacou por sua capacidade de reerguer equipes, revelar talentos e implementar um estilo de jogo moderno.
Quem é Dorival Júnior? Uma Carreira de Superação e Sucesso
Dorival Silvestre Júnior nasceu em 25 de abril de 1962, em Araraquara, São Paulo, uma cidade conhecida por sua paixão esportiva. Desde jovem, ele demonstrou aptidão para o futebol, iniciando sua carreira como volante em clubes como Guarani, Palmeiras e Grêmio. Embora não tenha sido um jogador de fama internacional, sua inteligência tática e liderança natural no meio-campo o destacaram em times regionais e pavimentaram o caminho para sua transição ao comando técnico.
Em 2002, Dorival começou sua jornada como treinador no Figueirense, onde conquistou o Campeonato Catarinense, dando o pontapé inicial para uma carreira que já soma mais de 25 clubes, incluindo gigantes como Santos, Flamengo, São Paulo e Vasco da Gama. Sua habilidade em reconstruir equipes em crise e desenvolver jovens talentos o tornou um dos técnicos mais respeitados do Brasil. Além disso, sua vida pessoal reflete sua determinação: em 2019, ele enfrentou e venceu um câncer de próstata, retornando ao futebol ainda mais forte em 2020 no Athletico-PR.
Destaques como Jogador
Palmeiras (1989-1992): Disputou mais de 100 jogos em uma fase de reconstrução do clube, mostrando consistência e liderança.
Grêmio (1988): Contribuiu com sua visão de jogo em competições regionais, como o Campeonato Gaúcho.
Guarani (início dos anos 80): Foi parte de elencos competitivos em sua juventude, antes de se consolidar em clubes maiores.
Dorival Júnior Está com os Dias Contados na Seleção Brasileira?
Títulos e Conquistas: Um Legado Construído em Campo
Dorival Júnior é sinônimo de troféus, com um currículo que reflete sua versatilidade e capacidade de vencer em diferentes cenários. Abaixo, uma tabela detalha suas principais conquistas:
Santos (2010): O Berço de uma Estrela
Em 2010, Dorival assumiu o Santos e marcou época ao liderar um time jovem e talentoso à vitória na Copa do Brasil e no Campeonato Paulista. Foi nesse período que ele transformou Neymar, então uma promessa, em um fenômeno global. O futebol ofensivo, com dribles, velocidade e gols, encantou o Brasil, mas sua passagem terminou de forma conturbada após um desentendimento com Neymar sobre uma cobrança de pênalti. Apesar disso, os dois se reconciliaram anos depois, e Dorival agora planeja seu retorno à seleção em 2025.
Flamengo (2022): Triunfo na América
No Flamengo, Dorival chegou em meados de 2022, após a saída de Paulo Sousa, em um momento de instabilidade. Com um elenco estrelado, ele trouxe equilíbrio e conquistou a Copa Libertadores, a Copa do Brasil. Jogadores como Pedro, que se tornou artilheiro, Arrascaeta, com sua criatividade, e Gabigol, decisivo em finais, brilharam sob seu comando. Sua capacidade de organizar a defesa e potencializar o ataque foi amplamente elogiada.
São Paulo (2023): O Fim de um Jejum
No São Paulo, Dorival encerrou um longo período sem títulos de peso ao vencer a Copa do Brasil de 2023 contra o Flamengo. O triunfo na final, com uma vitória por 1-0 no Morumbi e um empate em 1-1 no Maracanã, destacou sua habilidade em motivar o elenco e ajustar o time taticamente, especialmente com nomes como Luciano e Calleri em grande fase.
Outros Feitos Notáveis
Além dos títulos listados, Dorival também teve sucesso em clubes menores, como o Vasco da Gama, onde venceu a Série B em 2009, e o Figueirense, com o título estadual em 2003/04. Esses feitos mostram sua capacidade de adaptar-se a qualquer realidade.
Estilo de Jogo: A Inovação Tática que Define Dorival Júnior
Dorival é celebrado por um futebol moderno e adaptável, que une a essência brasileira — criatividade e ataque — a conceitos contemporâneos de organização e intensidade. Seus pilares táticos incluem:
1. Formação Tática Flexível
4-2-3-1: Sua formação favorita, usada no Flamengo 2022, oferece equilíbrio entre defesa sólida e transições rápidas.
Variações: No Santos 2010, apostou no 4-3-3 para maximizar a ofensividade, enquanto no Flamengo chegou a usar o 3-5-2 em jogos específicos.
2. Posse de Bola com Objetividade
Passes curtos e triangulações: No Santos, o time dominava adversários com movimentação constante, como visto nos jogos contra o Corinthians no Paulistão.
Jogo pelas laterais: No Flamengo, alas como Filipe Luís e Rodinei foram fundamentais para abrir defesas.
3. Intensidade e Pressão Alta
Recuperação rápida: Dorival implementa uma marcação agressiva no campo adversário, forçando erros, como visto na final da Libertadores 2022 contra o Athletico-PR.
Marcação por zona: Limita espaços, mantendo a compactação defensiva.
4. Desenvolvimento de Jogadores
Revelação de jovens: Além de Neymar, ele potencializou Gerson no Flamengo e Rodrigo Nestor no São Paulo.
Recuperação de atletas: Gabigol, em má fase em 2022, voltou a brilhar, e Lucas Moura recuperou seu espaço em 2023-2024.
Seu estilo é frequentemente comparado a técnicos como Jorge Jesus, mas com uma abordagem mais adaptável ao elenco disponível, o que o torna único no futebol brasileiro.
Impacto no Desenvolvimento de Talentos
Dorival não apenas vence jogos, mas também molda jogadores que definem gerações. Veja exemplos marcantes:
Neymar (Santos, 2010): Sob seu comando, o jovem atacante marcou 42 gols em 60 jogos, iniciando sua ascensão global.
Pedro (Flamengo, 2022): Transformou-se em artilheiro da Libertadores (12 gols), sendo essencial nos títulos.
Lucas Moura (São Paulo e Seleção, 2023-2024): Após um período irregular na Europa, voltou ao Brasil e foi revitalizado por Dorival, ganhando convocações.
Fora de campo, sua resiliência pessoal também inspira. Diagnosticado com câncer de próstata em 2019, ele enfrentou o tratamento enquanto seguia no futebol, voltando ao comando do Athletico-PR em 2020 com ainda mais determinação.
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Dorival Júnior na Seleção Brasileira (2024): O Desafio de Reconstrução
Em janeiro de 2024, Dorival assumiu a seleção brasileira após a saída de Fernando Diniz, em um cenário de crise nas Eliminatórias da Copa 2026, com o Brasil em 6º lugar. Até março de 2025, a equipe subiu para o 5º lugar, com 21 pontos. Na Copa América 2024, porém, a eliminação nas quartas de final para o Uruguai (nos pênaltis) gerou críticas, mas também destacou pequenos avanços táticos.
Primeiros Passos na Seleção
Amistosos 2024: Vitória contra a Inglaterra (1-0, gol de Endrick) e empate com a Espanha (3-3) mostraram potencial.
Mudanças táticas: Um sistema mais sólido, com menos oscilações defensivas, foi implementado.
Planejamento: Dorival trabalha para o retorno de Neymar em 2025, o que foi atrapalhado por sua lesão.
Sua frase emblemática resume sua missão: “O Brasil tem a obrigação de vencer, e trabalharemos para isso.” Ele busca equilibrar jovens como Endrick e Estevão com veteranos como goleiro Alisson e o zagueiro Marquinhos, mirando o hexa em 2026.
Por Que Dorival Júnior Marca o Futebol Brasileiro?
Dorival deixou uma marca indelével no futebol brasileiro por quatro razões principais:
Inovação Tática: Modernizou o jogo sem perder a identidade.
Liderança: Extrai o melhor de elencos diversos, de times modestos a gigantes.
Resiliência: Superou desafios como o câncer e crises em clubes.
Legado de Títulos: Seu histórico vencedor fala por si só.
Comparado a outros técnicos brasileiros, como Tite ou Mano Menezes, Dorival se destaca pela flexibilidade e pela capacidade de vencer em contextos distintos, seja na Série B ou na Libertadores.
O Caminho para a Copa de 2026
Dorival Júnior já transformou o futebol brasileiro com seu trabalho em clubes como Santos, Flamengo e São Paulo. Agora, como técnico da seleção brasileira em 2025, ele enfrenta o maior desafio de sua carreira: conquistar o hexa na Copa do Mundo de 2026. Com uma combinação de experiência, inovação tática e mentalidade vencedora, ele tem as ferramentas para alcançar esse sonho. Resta saber se conseguirá unir o talento brasileiro em um time coeso e competitivo no cenário global.