No dia 21 de junho de 1970, o Estádio Azteca, na Cidade do México, foi palco de um espetáculo memorável que entrou para a história do futebol mundial. O confronto entre Brasil e Itália, duas das maiores potências do esporte, não foi apenas uma partida decisiva, mas uma celebração do que o futebol representa: arte, paixão e glória. Esta final marcou não apenas a conquista do tricampeonato brasileiro, mas também solidificou o estilo único do "futebol arte" como uma referência mundial. 

Um Confronto de Gigantes: Brasil em Busca da Glória Eterna

A seleção brasileira chegou à final de 1970 como favorita, após uma campanha impecável. Sob o comando de Mário Zagallo, o time encantou o mundo com sua habilidade e coesão. Grandes nomes como Pelé, Jairzinho, Rivellino, Gérson e Carlos Alberto Torres formavam uma equipe que parecia imbatível. 

O Brasil iniciou sua campanha superando grandes adversários, incluindo a campeã de 1966, Inglaterra, e um difícil confronto contra o Uruguai na semifinal, onde mostrou resiliência e qualidade técnica. Com uma vitória em cada jogo, a seleção mostrava ao mundo sua superioridade, liderada por Pelé, que disputava sua última Copa do Mundo. 

Do outro lado, a Itália vinha de uma jornada igualmente desafiadora. O time comandado por uma defesa sólida e pelo lendário goleiro Dino Zoff era conhecido por sua aplicação tática e pelo famoso esquema do “Catenaccio”. A semifinal contra a Alemanha Ocidental foi um verdadeiro épico, vencido por 4×3 em um jogo que ficou conhecido como “O Jogo do Século”. 

O Contexto Histórico e a Grandeza do Estádio Azteca

A final de 1970 não foi apenas um confronto esportivo, mas também um marco cultural e simbólico. Em um momento de transformações globais, o futebol uniu nações e culturas, tornando-se um catalisador de emoções. O Estádio Azteca, com capacidade para mais de 100 mil espectadores, proporcionou um ambiente vibrante e inesquecível. O calor intenso e a altitude desafiadora foram fatores que testaram a resistência e o preparo físico dos jogadores, tornando a conquista ainda mais grandiosa. 

Primeiro Tempo: Equilíbrio e Expectativa

Com as arquibancadas lotadas de torcedores brasileiros e italianos, além de mexicanos apaixonados pelo futebol, o jogo começou com grande expectativa. Aos 18 minutos, o Brasil abriu o placar com um gol de cabeça de Pelé, que subiu majestoso para marcar, simbolizando sua genialidade. No entanto, a Itália mostrou resiliência e empatou após um erro na defesa brasileira. 

O primeiro tempo terminou com 1×1, deixando o público ansioso pelo que viria na segunda etapa. 

O Show Brasileiro no Segundo Tempo

Foi no segundo tempo que o Brasil consolidou seu lugar na história. A equipe voltou com energia renovada e dominou completamente a partida. Aos 66 minutos, Jairzinho marcou o segundo gol, após uma jogada trabalhada com maestria por Gérson e Pelé. O terceiro gol, de Gérson, veio logo depois, deixando claro o domínio brasileiro. 

Por fim, o quarto gol, marcado por Carlos Alberto Torres, entrou para a história como uma das jogadas mais icônicas do futebol. Após uma troca de passes brilhante, Pelé mostrou sua visão única e rolou a bola com precisão para o capitão brasileiro, que finalizou com um chute potente. Essa jogada simbolizou a essência do futebol arte. 

O placar final de 4×1 coroou a superioridade do Brasil e transformou aquele time em uma lenda eterna. 

22 jul | 08:00 reportagem

Copa do Mundo de 1970: Futebol Mundial ao Vivo e a Cores

A Conquista do Tricampeonato e a Imortalidade da Seleção de 1970

Com a vitória, o Brasil tornou-se a primeira seleção tricampeã mundial, conquistando em definitivo a Taça Jules Rimet. Pelé, carregado nos ombros por torcedores e companheiros, representava não apenas a excelência esportiva, mas também o orgulho de um povo. 

Essa conquista teve um impacto profundo na cultura brasileira. A seleção de 1970 tornou-se um símbolo de excelência e inspiração, elevando o Brasil ao status de potência mundial no futebol. O legado desse time continua vivo, servindo como referência para jogadores e fãs ao redor do mundo. 

O Estilo “Futebol Arte”: Uma Revolução no Esporte

O que diferenciou o Brasil de 1970 foi o equilíbrio perfeito entre habilidade individual e coesão coletiva. Enquanto a Itália dependia de sua solidez defensiva, o Brasil mostrava um futebol criativo, ousado e apaixonante. Jogadores como Rivellino, com seu chute potente, e Jairzinho, marcando em todas as partidas, mostraram que talento e disciplina podem andar juntos. 

Esse estilo único provou que o futebol pode ser mais do que um esporte; pode ser uma forma de arte. 

Legado Eterno: A Final que Inspira Gerações

A final de 1970 não foi apenas um jogo, mas um evento que redefiniu o futebol mundial. O Brasil mostrou que a paixão, a criatividade e o trabalho em equipe são ingredientes essenciais para alcançar a grandeza. 

Essa partida continua sendo uma inspiração para gerações de jogadores e torcedores, mantendo vivo o espírito do que há de melhor no esporte. O Brasil de 1970 permanece como um exemplo do que o futebol pode alcançar em sua forma mais pura e brilhante. 

14 jan | 13:00 análises

Jairzinho, o Furacão da Copa de 70: Gols, História e o Brilho do Atacante Brasileiro

Um Marco na História do Futebol

O confronto entre Brasil e Itália em 1970 é muito mais do que uma lembrança; é um marco na história do futebol. Com sua combinação de talento individual e genialidade coletiva, a seleção brasileira provou que o “futebol arte” é uma fórmula vencedora. O legado desse time permanece vivo, não apenas como símbolo de excelência esportiva, mas como um exemplo de inspiração e paixão que transcende gerações.