A Seleção Brasileira conquistou uma vitória crucial sobre a Colômbia por 2 a 1 na 13ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. O resultado garantiu um alívio momentâneo para a equipe comandada por Dorival Júnior, que agora ocupa a segunda colocação na tabela. No entanto, apesar dos três pontos, o desempenho da equipe segue abaixo do esperado e levanta dúvidas sobre a consistência tática e coletiva do Brasil.

Um Jogo Equilibrado e Decidido na Individualidade

A partida foi marcada pelo equilíbrio. Durante os 90 minutos, Brasil e Colômbia alternaram momentos de superioridade, sem que nenhuma das equipes conseguisse dominar completamente o jogo. O Brasil saiu na frente logo aos 6 minutos, com um gol de pênalti de Raphinha, após uma jogada individual de Vinícius Júnior que resultou na penalidade. No entanto, a vantagem não durou muito. Luis Díaz, estrela colombiana, marcou um belo gol, cortando a defesa e finalizando cruzado, empatando a partida ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, a Colômbia começou melhor e chegou a pressionar o Brasil, explorando as falhas na saída de bola da equipe de Dorival. No entanto, a individualidade de Vinícius Júnior fez a diferença. Nos minutos finais, o atacante do Real Madrid arriscou um chute de fora da área, a bola desviou na defesa colombiana e acabou no fundo das redes, garantindo a vitória brasileira.

Falhas na Construção e Falta de Coletividade

Apesar do resultado positivo, a atuação do Brasil foi pouco convincente. A equipe apresentou oscilações ao longo do jogo, sem conseguir impor um domínio constante. O principal problema segue sendo a saída de bola, que sofre contra adversários que marcam pressão alta.

Dorival Júnior tentou modificar a mecânica da saída de bola, optando por liberar mais os laterais e envolver os volantes na transição. No entanto, o Brasil teve dificuldades para criar jogadas fluídas, especialmente após a saída de Gerson, que se machucou ainda no primeiro tempo. A entrada de Joelinton, que substituiu Gerson, foi crucial no gol de empate da Colômbia, já que o meio-campista perdeu a bola na origem da jogada.

Outro ponto preocupante é a falta de criatividade no meio-campo. Mesmo contando com jogadores como Rodrygo, Raphinha e Vinícius Júnior, o Brasil não consegue desenvolver um jogo ofensivo coletivo eficiente. A equipe depende excessivamente de jogadas individuais, o que ficou evidente na vitória contra a Colômbia.

Técnico Dorival Júnior Sob Pressão

A atuação contra a Colômbia evidencia que o Brasil ainda não encontrou um padrão de jogo sob o comando de Dorival Júnior. O treinador tem demonstrado inquietação à beira do campo, fazendo mudanças constantes na tentativa de melhorar o desempenho da equipe. Porém, essas alterações muitas vezes não refletem um planejamento claro, parecendo mais uma tentativa e erro do que uma estratégia bem definida.

Além disso, a Seleção precisará lidar com desfalques importantes para o próximo jogo contra a Argentina. Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães estão suspensos, enquanto Gerson e Alisson também devem ficar de fora devido a lesões. Sem contar que o Brasil já não conta com Neymar, que era esperado por Dorival nesta convocação, mas segue afastado por lesão.

O Que Esperar Contra a Argentina?

O Brasil enfrentará a Argentina na próxima rodada, e a pressão sobre a equipe só aumenta. A Argentina, apesar de ter Messi e Lautaro Martínez fora da partida, ainda chega como favorita devido à sua consistência tática e ao entrosamento dos jogadores.

Para ter chances de vitória, o Brasil precisará resolver dois problemas cruciais:

  1. Melhorar a saída de bola:
    A Argentina certamente tentará pressionar a defesa brasileira, e se a equipe continuar errando na transição, poderá sofrer gols evitáveis.

  2. Criar alternativas ofensivas:
    Sem um jogo coletivo eficiente, o Brasil depende exclusivamente da individualidade de seus atacantes. Se Dorival não encontrar soluções táticas, o ataque brasileiro pode ser anulado pela defesa argentina.

Brasil 2×1 Colômbia: Considerações Finais

O Brasil conquistou uma vitória importante sobre a Colômbia, mas ainda está longe de convencer. O resultado traz alívio momentâneo, mas os problemas persistem: a falta de um jogo coletivo estruturado, dificuldades na saída de bola e um time que oscila muito dentro das partidas.

Com o clássico contra a Argentina pela frente, a Seleção Brasileira precisa evoluir rapidamente. Caso contrário, pode sofrer uma derrota que aumentaria ainda mais as críticas sobre o trabalho de Dorival Júnior e a falta de um projeto sólido para a equipe.

A vitória contra a Colômbia foi um respiro, mas ainda há muito a ser ajustado se o Brasil quiser recuperar sua posição de destaque no futebol mundial.